sábado, 14 de janeiro de 2012

Parece que o corpo vai se perdendo, se entregando a uma vontade absoluta de viajar. Um desejo pulsante de estar lá, em outro lugar, lá onde tudo é bonito e perfumado. Onde tudo é quente e feliz. Lá onde não tem aquelas contas a pagar. Deitar a beira mar e só olhar. Apreciar. Sentir aquele ventinho... Ah... Delírio de uma urbana faminta por férias e dias de verão!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pensei em te dizer um monte de coisas
Pensei em até dar um tapa em sua cara
Mas sua estupidez é tamanha que só me faz querer te ignorar
Sua individualidade me envergonha
Agora vá
Corra pra bem longe
Eu continuo aqui perfeita, grande, forte seguindo o meu caminho
Firme como uma rocha
Linda como flor

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Hoje acordei rosa
Branca, perfumada
Exalando minha ternura, meu sorriso
Hoje durmo rosa
Cheia de amor envolvido em minhas pétalas
Envolvido em meu veludo
Vermelha
Sonhando com o brilho dos olhos que irá me acordar mais uma vez.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sensível Demais

Nas horas que acompanho esta ausência
Me bate o coração mergulhado em saudade.
Nos minutos que ouço a sua voz ao longe
Me preenche o coração de esperança e verdade.
Aqui tudo está nublado, adormecido, lento...
Tanta vontade rasgando esse peito num suspiro intenso
Amor entrelaçado, agarrado em meio às lembranças lindas que alimentam meus sonhos de te ter aqui agora.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Era só o que eu tinha pra dizer

Vitória, 22 de novembro de 1998

Tava sufocando de tanto engolir as palavras, mas tenho que lhe falar. Os filmes que me deu assisti a todos. São lindos. Chorei com os diálogos de alguns. Fizeram-me lembrar de vários momentos. Me reconheci em uma personagem em particular, depois te conto pessoalmente. Não sei quando, mas prefiro. Tenho pensado muito em alugar outro apartamento, mas como sempre tenho dúvidas e preguiça. As caixas chegaram hoje, são grandes, mas ainda estão vazias. Ai como eu queria sua ajuda. Podíamos arrumar nossas coisas juntos, bebermos um vinho, como daquela vez. Lembrei de você hoje na fila da padaria. Havia um rapaz falando com a namorada pelo celular. Tentava acalmá-la e dizia repetidas vezes: "Fique bem, eu estou com você!". Tio Fred perguntou por você mês passado, quando ligou para pedir-me um dinheiro... O novo emprego é bom. Ah! Não lembro se te contei. Desculpe-me. Não se sinta excluído, é que ando com a cabeça... você sabe como. Tive febre por dois dias seguidos mas fiquei bem após uma cartela inteira de Paracetamol 500mg. Tenho tido alguns sonhos estranhos. Andando sobre um barbante muito comprido. Acordo suada. Saí com o Jorge. Bebemos um pouco, ele dormiu aqui. Estranho mas muito bom. Lembro de você quando acordo pois seu travesseiro ainda está aqui. Pode vir buscar se quiser. As maçãs que deixou na geladeira apodreceram. Tive que jogá-las fora. Desculpe. Estou cansada. A água está amarga... As uvas estão azedas. A casa está vazia.


Um abraço,

Joana

PS1: Se possível, envie minha luminária pela transportadora. Sinto falta dela.

PS2: Mudei meu email. Caso queira... mande notícia... Se quiser,é claro! jo43@ipsi.com

PS3: Ás vezes a saudade vem me visitar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As palavras estavam aqui. Eram coloridas e alegres. Cheias de entusiasmo. Mas, num piscar de olhos é incrível como tudo muda. Simplesmente por olhar ao lado... Maldita sorte ou azar? As coisas mudam, as pessoas mudam o tempo todo. Eu mudo. Mas sei ficar também. Há mudança sempre. Um sorriso, o olhar atravessado, o beijo, as costas, o sim, o não, o querer, o abandono. Quem sabe o silêncio seja um bom refúgio. Quem sabe... Talvez não tão adequado para o momento, quando se exige tantos gritos e liberdade de expressão. Liberdade para o silêncio! Porque não? Já que as palavras coloridas desapareceram fico em silêncio. Sem brilho. Sem cor. Em silêncio profundo. Chega por hoje. E só.

domingo, 10 de outubro de 2010


De repente me deu uma vontade gostosa de escrever. Na verdade, primeiro veio o cheiro de chuva. Cheiro bom que traz lembranças, que traz prazer e que, melhor ainda, reforça em mim a vontade de pisar na terra. Poderia dormir embaixo de uma árvore. Daquelas bem grandes, encorpadas. A vontade de escrever veio daí. Contar pra alguém distante o momento fantástico e... E não sei. Me faltam palavras. Só sei que respiro fundo e me sinto lá. Um vento gostoso me faz acreditar. Preciso escrever. Mandar notícias. Compartilhar todo esse momento. Sinto a textura da terra em meus pés. As barras da calça dobradas, a caminhada ao horizonte. Preciso me encontrar. Caminhando em busca do equilíbrio. Posso mandar um email mais tarde. Tem alguém que vai gostar de receber notícias minhas. Quem sabe algum dia trago alguém aqui. Só assim vai entender que lugar é esse.